quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ALBUM REVIEW: "Automatic" de Anneliese Jones



Basicamente, Automatic recebeu diversas críticas profissionais mistas e positivas. O site Metacritic deu ao álbum uma média de 94 de 100, baseando-se em 19 opiniões e críticas positivas e negativas recebidas pelos críticos de música. 

Rob Sheffield da Rolling Stone fez uma crítica mista para positiva sobre o disco. “Com vocais poderosos e batidas fortes, “Automatic” reafirma Anneliese Jones como uma das principais cantoras pop atuais”. Sheffield ainda elogiou a “continuidade das faixas” e a “criatividade em toda a composição do álbum”, dizendo que o “conceito de Automatic é moderno e despojado, trazendo o que há de melhor no mix entre Pop convencional e a música Eletrônica”. Colocou apenas uma crítica, podendo ser entendida mais como uma observação, dizendo apenas que Anneliese “deve tomar cuidado quanto ao público ao qual destina sua música”, pois, segundo o crítico, a cantora começou “dedicando-se ao público teen e, de maneira rápida demais, amadureceu e passou a investir em movimentos e sensações mais adultas e sensuais, vide os vocais do novo álbum.” A melhor faixa, na opinião de Sheffield, é a título “Automatic”, mesmo considerando-se “difícil escolher uma preferida dentre tantas canções fabulosas.”

Gustavo Miller do Portal G1 também elogiou o álbum, dizendo que ele “[...] não cai em lugares comuns e nem fica tedioso, como vem acontecendo com outras estrelas do Pop. Anneliese é uma hitmaker, sem dúvida alguma.” Considerou este “o melhor trabalho da cantora desde o seu álbum de maior sucesso First Bad Habit” e afirmou que “a parceria de Anneliese com o produtor Dr. Luke continua rendendo bons frutos e, possivelmente, por muito tempo, poderá continuar a trazer muitos hits.”.

Stephen Thomas Erlewine da Allmusic deu ao álbum quatro estrelas de cinco. Segundo ele “Anneliese encontrou seu estilo e seu público e sabe onde está pisando”. Classificou “Automatic”, “Warpath”, “Toy Box”, “Rockstar” e “Your Love’s a Drug” como os possíveis grandes hits do trabalho, e “Front Cut” como “surpreendentemente criativa e inusitada, apesar de se tratar de um assunto muito já explorado por outras cantoras Pop da mesma linhagem”. Afirmou ainda que, apesar de sua imponência e influência no mercado Pop, Anneliese “perdeu um pouco ao deixar múltiplos efeitos serem aplicados em sua voz, mesmo não precisando disso”, justificou sua afirmação criticando os produtores por não “aproveitarem por completo do talento da jovem cantora, abafando-a dentre efeitos.”

Kitty Empie do The Guardian, disse que “[…] É interessante relatar que, ao contrário do que se esperava de Anneliese Jones, seu quarto álbum de estúdio não entrou para a lista de produtos pop intolerantes, pois possui humor e inteligência expressa tão fluentemente, que fazem o público esquecer-se de seus problemas pessoais e escândalos envolvendo relacionamentos que não deram certo.” Segundo Empie, “[O álbum] faz você se surpreender com a cantora. Ela deu a volta por cima após o lançamento do ínfimo e errôneo Love Addiction, que emplacou apenas um hit e mostrou-se falho em atingir as expectativas da gravadora no ano passado”.

Matthew Cole da Slant Magazine, publicou uma resenha mista, comentando que "apenas uma ou duas canções não justificam a existência desse álbum. Automatic é surpreendentemente bom". Comentou que, de todas as faixas, apenas “Set It On Fire” não conseguia “acompanhar o ritmo dançante proposto pelo conceito do disco” e que “Barb Wire” era "irrelevante e repetitiva". Criticou, ainda, a escolha de Anneliese quanto a “Rockstar” para single tão logo após hits como “Warpath” e “Toy Box.”. Segundo ele, apesar de a faixa ser animada, não possui o “perfil correto para durar nas paradas por muito tempo”. Cole classificou “Toy Box” como o ponto alto do álbum e elogiou a força e irreverência de “Warpath”.


Enquanto isso, Elysa Gardner do USA Today, elogiou "Siren Assassin" e “Warpath" e comparou-as com a vida pessoal de Anneliese, dizendo que "por não ter medo de mostrar-se para o mundo, Jones sugere e cria histórias de vingança e ressentimento, provavelmente espelhando-se em seus relacionamentos passados”. Gardner justificou sua afirmação dizendo que “ela [Anneliese] procura refúgio na música para desabafar e faz isto da maneira certa, criando hits e mais hits.” Elysa colocou ainda que considera Anneliese “uma artista de sorte”, pois, como ela, “poucos conseguem mudar a direção de sua carreira e seu estilo em tão pouco tempo e ainda trazerem um material bom a ponto de serem aclamados pela crítica e por seus fãs”, além disso, Elysa chamou os fãs de Jones de “extremamente fiéis e flexíveis em relação a suas personalidades musicais.”

Em uma crítica publicada na UOL, Mesfin Fekadu disse que "o novo disco de Anneliese Jones é como uma máquina mágica de caça-níqueis: escolha qualquer música e você ouvirá um hit. Automatic, o quarto lançamento da cantora, é um conjunto de 14 músicas de diversos sabores: formidáveis batidas dançantes, groove e baladas pop sutis e suaves  — como a pose sensual e provocativa que encontra-se a cantora na capa do álbum [...] Mas outra grande razão para a magia do disco de Jones é ela mesma. Ela é dona de uma voz notável, mesmo que não completamente aproveitada, e consegue cantar músicas pop mais picantes como Divashley Neosha e Patricia Angie, cujos vocais são geralmente sussurrados e fracos, desaparecendo ao fundo das batidas das músicas. A voz de Anneliese não só guia a batida como a desenvolve".

George Lorentz da Xtreme Magazine fez uma revisão mista, destacando a qualidade da faixa-título, de "Automatic" e do segundo single "Warpath", porém criticou algumas canções que considerou vagas e “nem tanto inovadoras”. Contudo, admitiu que “no mundo musical saturado atual, é difícil criar algo inovador. Anneliese consegue, ao menos, entreter sem tornar-se vulgar demais, nem ingênua demais, apesar de lançar clipes onde mostra seu corpo abusivamente.”

Bill Lamb, do About.com, escreveu que "[...] quer tenha gostado do álbum ou não, ele está destinado a ser um marco na música pop", e ainda que “se comparado ao novo álbum de Patricia Angie, o quarto disco de Anneliese Jones produz memorável e progressiva diversão e entretenimento, sempre na medida certa.” Lamb ainda disse que “nem Divashley Neosha, que emprestou uma de suas faixas para Automatic, onde ambas estrelas cantam juntas, conseguiu criar algo próximo ao poder de Automatic. A faixa título fala por si só, sendo o ponto alto do disco.”

Chad Grischow da IGN chamou o álbum de “razoável e cheio de auto-tune desnecessário”. Chamou Anneliese de “mais uma da galeria de artistas que tenta chamar a atenção através da utilização de problemas pessoais.” Grischow ainda fez uma comparação entre todos os discos da cantora: “Em ‘Revolution’ temos uma Anneliese que tentava encontrar desesperadamente o sucesso, emplacando algumas músicas com letras inofensivas, ingênuas e pouco inovadoras, tentando, segundo ela, criar uma “revolução” tanto no mundo da música quanto em sua carreira. Em ‘First Bad Habit’, um dos ápices do sucesso de Jones, temos a melhor fase de sua expressão criativa, trazendo um disco com tudo na medida certa, e o melhor, sem apelar para construções bizarras. O seguinte trabalho, ‘Love Addiction’, erra por ser meloso demais e não emplacar mais que um hit a nível mundial. Quando todos pensaram que a fábrica de idéias estava fechada, Anneliese retorna com ‘Automatic’, modernizando seu conceito de fazer música e tentando repetir o êxito de ‘First Bad Habit’. Diria ainda que, ‘Automatic’ não deixa de ser um ‘First Bad Habit’ reformulado com uma pitada a mais de sensualidade e electro.”

A crítica mais negativa foi de Malcom Hawkins Jr., da Much Music Magazine. Hawkins classificou o álbum negativamente, dizendo que “esperava algo mais”, e o chamou de “repetitivo, desnecessário e até certo ponto irritante”. Criticou os produtores e a própria Anneliese, por manterem-se na “mesma linhagem de sempre, repetindo antigas fórmulas e samples”, com “medo de criar algo novo e que possa salvar o universo pop de um colapso”. Apesar do negativismo, afirmou que Automatic está longe de se tornar “um lixo audiovisual” e aproveitou para alfinetar a colega de Anneliese, Divashley Neosha, dizendo “Automatic só não consegue ser pior do que tudo produzido pela superficial D-Neo”. Dentre as quatorze faixas que compõem o repertório do álbum, resgatou apenas “Your Love’s A Drug” e “Let You Know”, classificando-as de “possivelmente as mais ‘escutáveis’ do álbum.”

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