quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ALBUM REVIEW: "The Black Widow" de Patricia Angie


The Black Widow recebeu avaliações em maior número moderadas e positivas dos críticos de música no seu lançamento. O álbum conseguiu uma pontuação de 66 em cada 100 com base em 15 avaliações críticas, de acordo com a revisão do Metacritic. Apesar das avaliações em sua maioria positivas, o disco não superou a aprovação do antecessor Dirty Desire, que obteve 87 pontos, baseados no mesmo número de críticas.




Stephen Thomas Erlewine da Allmusic deu uma crítica moderada em relação a The Black Widow. Segundo ele “foram colocadas muitas faixas no álbum”, e “a mistura de estilos, que vão desde o Pop Eletrônico, ao R&B e até mesmo aos toques ínfimos de guitarra, fizeram com que a continuidade do mesmo fosse prejudicada em alguns momentos, desconectando uma música da outra”. Ainda, classificou algumas das faixas “desnecessárias” e “fora da ‘vibe’ do álbum”, fazendo-o fugir do “conceito planejado”. Apesar de tudo, julgou o álbum “dançante e animado” e “espremido de possíveis futuros grandes hits” da cantora. Ao final, elogiou Patricia por “conseguir criar um disco completo de inéditas em um prazo minúsculo dado por sua gravadora”.


Leah Greenblatt da Entertainment Weekly comentou faixa a faixa, dando uma revisão e um parecer completo sobre o disco. Afirmou que o primeiro single “Bass Down Low” foi “uma ótima escolha para carro-chefe”, levando “toda a energia da ex-cantora teen para as dancefloors do mundo todo”. Classificou, ainda, “Bossy”, “Rich”, “Rumors”, “You Make Me Feel”, “Magnet” e “Can’t Nobody”, assim como o anteriormente citado primeiro single, como os “pontos altos do álbum” e como “as faixas que não poderiam ser cortadas da tracklist de maneira alguma”; mas, assim como Erlewine, criticou o número de faixas, acreditando que algumas como “Party Like a Millionaire” e “Gimme What I Want” poderiam ser “facilmente descartadas” da tracklist final.


Chad Grischow da IGN chamou o álbum de “razoável”. Criticou o disco em relação ao uso excessivo de auto-tune em algumas canções e, ainda, apontou a mistura exagerada de estilos: “Em faixas como ‘Bass Down Low’ e ‘Can’t Nobody’ temos a ruivinha usando e abusando de auto-tune, passando a idéia de que foram cantadas por algum tipo de robô. Já em ‘Gimme What I Want’ e ‘Lose Control’, Patricia resgata o R&B que a fez famosa no começo de sua carreira. Em ‘Magnet’ e ‘Louder’ encontramos uma “mood” puxada pelo som de guitarras, guiando a mixagem ao Pop/Rock, um tanto infantil para o conceito do disco, mostrando que Patricia ainda não sente-se segura quanto às mudanças em seu estilo, tentando agradar a todos de uma vez só”. Chad observou que “Bass Down Low, o lead single do álbum, possui um “hook” repetitivo, que facilmente fica na memória, e uma batida hipnótica mixada de propósito para prender o ouvinte”. Grischow terminou sua opinião escrevendo, “The Black Widow prova ser atolado de estilos e de possíveis hits com recordes de vendas para Patricia, contudo, seus excessivos efeitos vocais em algumas faixas, e a falta dos mesmos em outras, podem não levar o álbum a ter qualquer apelo duradouro”.


Sal Cinquemani da Slant Magazine deu ao álbum uma avaliação mista para positiva. Este elogiou Patricia por ser capaz de criar um álbum sucessor ao sucesso de vendas Dirty Desire, mas proclamou uma queixa em relação a semelhança entre ambos discos. Observou que The Black Widow não “se diversificou de maneira significativa” em relação a Dirty Desire. Assim como a maioria dos críticos, apontou a falta de “continuidade e fluidez” entre as faixas e classificou “Party Like a Millionaire” como “mais uma canção sem muito sentido; a parceria com Marissa Reed não acrescentou nada de inovador ou interessante a continuidade da música, tornando-a apenas mais uma da coleção ‘passe para a próxima track’, sendo a faixa mais irritante e desnecessária do disco, dando, ainda, a impressão de não ter sido nem ao menos masterizada ou trabalhada em seus vocais e efeitos finais.” Cinquemai ainda criticou Patricia por incluir “participações excessivas” no álbum afirmando que “das quinze faixas no álbum, cinco delas possuem uma parceria de algum cantor famoso e duas delas possuem vocais de desconhecidos”, usando essa afirmação para alfinetar Patricia quanto à “falta de senso criativo” e medo de “mostrar outros ângulos de seus vocais sem ter que utilizar-se de parceiros para encobrir falhas próprias”.


Gary Graff da Billboard escreveu que “Patricia aprofunda-se mais ainda na fórmula de faixas como “Dirty Desire” e “Release Me”, que a colocaram no topo das paradas em 2010, levando a atração dos fãs em relação a seus trabalhos anteriores aumentar progressivamente. Contudo, a ruivinha deve tomar cuidado para não desgastar demais a fórmula; algo que parece que dará certo para sempre, pode não durar muito no gosto do público.”


Barry Walters da Spin deu ao álbum cinco de dez estrelas. Walters criticou o álbum em geral, afirmando que pode tornar-se “cansativo” e “enjoativo”, além de que pode “demorar para cair no gosto das pessoas”, fazendo com que “não alcance o objetivo esperado por Patricia e sua gravadora Motown Records.” Walters, apesar disso, elogiou a criatividade com o conceito do álbum e com sua arte visual, mas novamente apontou as faixas como não “tendo o poder de combinar o suficiente” com estilo proposto pela capa e pela edição visual do disco. A produção do álbum foi avaliada positivamente principalmente para JR Rotem, que produziu um maior número de faixas, incluindo “Bass Down Low”, “Rich”, “Gimme What I Want” e “Push It”. O também produtor executivo e compositor do álbum foi elogiado por empregar constantes ganchos club-pop nos esforços de “tornar a hipocrisia [do álbum] em algo praticamente irrelevante”. Walters ainda elogiou o trabalho dos outros produtores envolvidos no projeto: The Matrix, Stargate, Dr. Luke, Max Martin, John Shanks, Polow da Bom, Cory Rooney, Roni Size, The Messengers, Dreamlab e Shellback, por seus esforços em “fabricar mais uma cantora pop, originalmente apenas dotada de um rostinho bonito.”


Mesfin Fekadu do Boston Globe foi misto em sua avaliação do disco. Criticou, novamente, o uso excessivo do auto-tune em algumas faixas, com o objetivo de “salvar as canções da falta de talento vocal de Patricia Angie”. Classificou o álbum em “mais um lançamento repleto de letras insípidas” e colocou o disco “na batalha contra outros artistas do ramo como Divashley Neosha e Marissa Reed, para ver quem usa mais auto-tune e efeitos em apenas um disco.” Fekadu alfinetou alguns compositores, criticando-os por escrever “canções extremamente superficiais que, de alguma forma, influenciam milhões de adolescentes, os principais ouvintes de Patricia, a seguirem seu exemplo triste e preocupante de vida.”


A crítica mais feroz foi de Malcom Hawkins Jr., da Much Music Magazine. Hawkins classificou o álbum negativamente, e o chamou de “nada menos que outro lixo musical que temos hoje em dia”. Salvou apenas as faixas “Louder” e “Magnet”, chamando-as de “as mais ingênuas e fáceis de aturar” e criticou pesadamente o uso excessivo de “uma linguagem pornográfica, medíocre, superficial e sem sentido”. Terminou sua crítica afirmando novamente que The Black Widow “pode ser facilmente descartado de uma coleção de ouvintes de boa música” e ainda que as faixas são “facilmente esquecíveis. Acredito que ninguém irá lembrar-se das canções no próximo dia. Bem, eu não lembrei.”


Kitty Empie do The Guardian, disse que The Black Widow é “o maior desapontamento do ano”.


A crítica mais positiva foi da Seventeen Magazine, que apontou o disco como “um medidor dos vocais de Patricia”. Para Marie Johnson, da revista, o disco mostra que “Patricia Angie realmente canta, e canta bem. Apesar de não ser um disco propriamente memorável e com um futuro visivelmente duradouro, é certamente repleto de faixas animadas e que vão agradar muitas faixas-etárias, não apenas aos adolescentes, vide seu estilo mais adulto e maduro. Patricia está definitivamente crescendo e mantendo seu lugar no mundo da música, através de um misto irreverente e sexual.” Johnson elogiou a capacidade de Patricia e de seus produtores de criarem ganchos em faixas como “Bass Down Low”, afirmando não conseguir “tirar a letra de sua cabeça por muito tempo”.



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